quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Defesa de dissertação Adrielly Ferreira Vilela



O NECC convida toda a comunidade acadêmica para assistir a defesa pública da Dissertação de Mestrado da neccense Adrielly Ferreira Vilela, que ocorrerá no dia 25 de Agosto, na UFMS.


domingo, 18 de junho de 2017

CONVITE PARA O IX SEMINÁRIO DE PESQUISA e I SEMINÁRIO DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO

 Todos estão convidados
 para o evento que ocorrerá na UNIANDRADE.

Seguem as informações: 


IX SEMINÁRIO DE PESQUISA 2017
I SEMINÁRIO DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO
Apresentação

O IX SEMINÁRIO DE PESQUISA e I SEMINÁRIO DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO são promoções do Programa de Pós-Graduação em Letras ─ Mestrado em Teoria Literária ─ do Centro Universitário Campos de Andrade (UNIANDRADE). 

O evento constará de conferências, mesas-redondas e sessões de comunicações coordenadas e individuais, e será realizado no Campus da instituição entre 4 a 6 de setembro de 2017.

As apresentações de trabalhos estão abertas à participação de professores, mestres, doutores, doutorandos, mestrandos e alunos de graduação. O objetivo primordial do encontro é, além de estabelecer um fórum de discussão e de integração para pesquisadores de diversos níveis, conferir visibilidade à nova linha de pesquisa do mestrado da UNIANDRADE, intitulada Escrita Criativa,  e aos livros que serão lançados em 2017 pelos professores do mestrado da UNIANDRADE.

Objetiva-se criar um espaço para a discussão das dissertações em andamento na instituição, com possibilidade de trazer debatedores de outras universidades para os temas dos trabalhos, bem como gerar indicadores de integração com a graduação por meio da realização do Minuto de Pesquisa. Os organizadores aceitam propostas de comunicações individuais e coordenadas que incluam os seguintes temas:

• Questões teóricas sobre intermidialidade/intertextualidade e estudos de caso.

• Transposição midiática, combinação de mídias, referências intermidiáticas.

• Reciclagens artísticas: tradução, apropriação, adaptação.

• Relações intramidiáticas e práticas artísticas transmidiáticas. 

• O cruzamento de fronteiras midiáticas no debate sobre a intermidialidade. 

• Alusão, paródia, pastiche e outras relações intertextuais. 

• Mediação intercultural em práticas intermidiáticas e intertextuais.  

• Shakespeare: intermidiático, intertextual e intercultural.

• Estudos feministas e de gênero: tendências, impasses, refutações e problematizações.

• Escrita criativa e questões relacionadas: 

     • Autor e autoria
     • Invenção e tradição no sistema literário
     • Escrita e processo dialógico
     • O literário e o extraliterário: interseções e justaposições discursivas
     • Os elementos da narrativa: articulações arquitetônicas
     • Poesia: hesitação entre som e sentido.

• Literatura latino-americana: escritores e tendências representativas. 

• Intertextualidade e interculturalidade nas literaturas de língua portuguesa e inglesa. 

• Autoficção, autobiografia e escritas de si nas obras literárias.

• O pós-colonial nas literaturas de língua portuguesa e inglesa.


Mais informações: clique aqui


 Oportunidades para trocarmos conhecimentos não faltam! Aproveitem. 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

I Colóquio do NAV(r)E

Não percam! Amanhã é o último dia do evento 
dos grupos de estudo, NECC e NAV(r)E.

Segue a programação da mesa:


Contamos com a presença de vocês lá!!!

quarta-feira, 24 de maio de 2017

I Colóquio do NAV(r)E

E o evento continua... Amanhã será o 2º dia de apresentações. 


Segue a programação:


Vamos aproveitar essa oportunidade.
Esperamos vocês!


segunda-feira, 22 de maio de 2017

I Colóquio do NAV(r)E


 I COLÓQUIO DO NAV(r)E COMEÇA ESSA SEMANA. 
SERÁ NO ANFITEATRO DO CCHS NOS DIAS 24, 25 E 26 DE MAIO 2017.

Segue abaixo a programação do primeiro dia:


Para saber mais acesse: Eventos

Esperamos vocês. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

ENTREVISTA

Reportagem da Revista Ciência e Cultura sobre os 40 anos da morte de Clarice Lispector contou com participação do professor Nolasco 



                                                                          Fotos divulgação editora Rocco
                                                                      


Leia aqui: QUATRO DÉCADAS SEM CLARICE
                                                                                                                                                  Jornalista Patricia Piancentini


quinta-feira, 4 de maio de 2017

IV ENCONTRO DO NECC

É COM GRANDE SATISFAÇÃO QUE CONVIDAMOS A TODOS PARA O

IV ENCONTRO DO NECC E I COLÓQUIO DO NAV(r)E NA UFMS 


Inscreva-se aqui

Seguem as informações abaixo: 


IV ENCONTRO DO NECC (Núcleo de Estudos Culturais Comparados – PPGMEL/UFMS
I COLÓQUIO do Núcleo de Artes Visuais em (re) Verificações Epistemológicas - Curso de Artes Cênicas/ UEMS
COORDENAÇÃO DO ENCONTRO: Prof. Edgar Cézar Nolasco (NECC/UFMS;PACC-UFRJ) &  Prof. Marcos Antônio Bessa-Oliveira (NAV(r)E/UEMS)

DIAS DOS DEBATES DO NECC: 17, 18 E 19 DE MAIO
HORÁRIO: DAS 9H ÀS 12H
LOCAL: ANFITEATRO DO CCHS

DIAS DOS DEBATES DO NAV(r)E: 24, 25 E 26
HORÁRIO: DAS 14H ÀS 17H
LOCAL: ANFITEATRO DO CCHS

TEMA DO NECC: ENTRE PÂNTANOS, CERRADOS E FRONTEIRAS: por um lócus geoistórico biográfico crítico

TEMA DO NAV(r)E: PESQUISA(S) EM ARTE(S) CÊNICA(S) EM CENA NA UEMS

IV Encontro do NECC na UFMS – MAIO DE 2017
I COLÓQUIO do Núcleo de Artes Visuais em (re) Verificações Epistemológicas - Curso de Artes Cênicas/ UEMS


NECC (Núcleo de Estudos Culturais Comparados – PPGMEL/UFMS
UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – FAALC
Coord. Prof. Edgar Cézar Nolasco



ENTRE PÂNTANOS, CERRADOS E FRONTEIRAS:
por um lócus geoistórico biográfico crítico


Tendo por temática ENTRE PÂNTANOS, CERRADOS E FRONTEIRAS: por um lócus geoistórico biográfico crítico, o IV ENCONTRO DO NECC visa discutir acerca das possíveis especificidades de uma crítica erigida a partir da fronteira–sul, que compreende o estado de Mato Grosso do Sul (Brasil) e os países lindeiros Paraguai e Bolívia. Tal postulação, assentada no que se atende por Crítica Biográfica Fronteiriça, ou Estudos Fronteiriços, acredita que quando se tem por priorização o lócus geoistórico do lugar, somado às sensibilidades biográficas e locais dos envolvidos, mais uma consciência fronteiriça dos sujeitos do lugar, tem-se, por conseguinte, uma teorização biográfica fronteiriça que sustenta e propõe, por conseguinte, uma epistemologia fronteiriça. Para fazer jus ao título do Encontro, ENTRE PÂNTANOS, CERRADOS E FRONTEIRAS encampa e traduz paisagens reais e imaginárias que estão traçadas no corpo política ( bios e lócus) de uma crítica do lugar. Longe de estéticas e universais abstratos, a proposta aqui encetada, grosso modo, traduz a realidade da diversalidade que desenha o mundo neste século 21, quer seja pelo mal-estar sentido por todos os corpos do/no presente, quer seja pela exigência de uma desmetaforização demandada pela teoria e crítica recentes. Não se trata de ser bairrista, provinciano, como os desavisados poderiam apressadamente supor; nem muito menos de ser simplesmente universal, como ainda pensam aqueles que endossam o coro dos contentes com o pensamento moderno abstrato. A questão que se impõe é de natureza crítico-conceitual: saber que se pensa melhor a partir de nosso lócus geoistórico e biográfico cultural, seja ele de ordem central ou periférica, e que esse discurso erigido a partir de um determinado lócus não pode falar pelos demais loci geoistóricos. Assim cai por terra aquele velho, moderno e castrador costume, ainda tão comum em nossos dias, de se achar no direito de uns falarem sobre os outros. Falar a partir do pântano, do cerrado ou da fronteira pode emblematizar o perigo e o cuidado que devemos ter quando almejamos pensar melhor na diferença colonial que nos constitui como sujeito de uma história local pessoal que é única, pessoal e intransferível, apesar de ser também muito parecida com a de muitos outros. O mundo global atual não nos iguala; antes nos encurrala. A travessia é cada vez mais estreita e os perigos são cada vez maiores. Somos todos, em algum sentido, refugiados de nós mesmos. O estranho nos habita. Acostumamo-nos a repetir conceitos e teorias como se eles tivessem na história um lugar certo para nascer. Quando, na verdade, eles também são produzidos a partir de meu lócus, eles também estão ao meu lado, estão a partir de mim, a partir de meu bios. Enfim, quando aprendemos a contornar nosso lócus geoistórico biográfico crítico (como se lê no subtítulo), podemos tirar a tarja e ver os olhos castradores que nos cegam.



Dia 17 de maio de 2017 – Quarta-Feira – das 09:00hs às 12:00hs
 
Lançamento de Livro: Absurdidades Poéticas do Mestre e Neccense Alex Domingos


Mesa 01 – NECC E A PESQUISA ACADÊMICA I
Coordenação Prof. Dr. Edgar Cézar Nolasco

A HORA DA ESTRELA
: a hora do bios e do político em Clarice Lispector
Anny Marques – PIBIC/CNPq;NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo estudar a vida e a obra da escritora brasileira Clarice Lispector por meio do romance A Hora da Estrela (1977) visando elaborar uma autobiografia ficcional da autora. Sendo assim, a relevância do trabalho reside no fato de que a obra será lida na diferença sob o recorte epistemológico crítico biográfico fronteiriço, interpretação pouco explorada pela academia brasileira. Em vista disso, várias questões ainda precisam ser abordadas - políticas e sociais - e revitalizadas no que convêm às características presentes na obra de Clarice, que, nesse ano, completa 40 anos tanto de sua última publicação quanto de sua morte. Nossa pesquisa fundamenta-se na crítica biográfica fronteiriça, na qual se compreende uma leitura singular partindo de nosso biolócus (bios + lócus) e de nossas sensibilidades locais. Logo, nosso trabalho respalda-se teoricamente em autores como Eneida Maria de Souza em Janelas Indiscretas (2011), Edgar Cézar Nolasco em Caldo de Cultura (2007) e Walter Mignolo em Histórias locais\Projetos Globais (2003).

PALAVRAS-CHAVE: Crítica biográfica fronteiriça; Autobiografia ficcional; A Hora da Estrela; Política

N’A HORA DA ESTRELA NASCE A FLOR DE MULUNGU: Clarice Lispector e Conceição Evaristo
Viviani Cavalcante de Oliveira Leite – NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: O presente trabalho visa apresentar um estudo comparativo do conto “Macabéa, Flor de mulungu”, de Conceição Evaristo (2012), publicado no livro Extratextos I – Clarice Lispector: personagens reescritos, organizado por Mayara R. Guimarães e Luis Maffe (2012), que reescreve e reatualiza a novela A hora da estrela, de Clarice Lispector (1977). Para tanto, propomos uma leitura comparatista das referidas narrativas, a fim de ler o conto de 2012 como uma reescrita e suplemento cultural da novela de 1977. Nosso objetivo é analisar a narrativa de Evaristo enquanto uma criação paralela que suplementa a última obra publicada por Lispector em vida. Assim, visamos apontar semelhanças e diferenças entre as protagonistas da década de 1970 e de 2012, observando como se dá o relançamento da emblemática e fraca heroína de Clarice no conto de Conceição, que, por sua vez, recria a miserável e virgem jovem alagoana, fazendo-a (re)nascer em flor de mulungu trinta e cinco anos após a ascensão da estrela. O aporte teórico deste estudo centra-se nos postulados da literatura comparada. Também serão de suma importância para nossa leitura os postulados teóricos da crítica biográfica e da pós-colonial, uma vez que os estudos comparatistas estão, cada vez, mais, buscando tal aproximação. Da crítica biográfica, destacamos os livros de Eneida Maria de Souza, como Crítica Cult(2002); já da crítica pós-colonial, mencionamos os trabalhos de Walter Mignolo, como Histórias locais\Projetos globais (2003).

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada; Clarice Lispector; Conceição Evaristo.




NARCOLITERATURA: trajetória e representação do narcotráfico na literatura
Thiago Oshiro Linhar – NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: Este trabalho propõe uma abordagem ao narcotráfico através de duas importantes obras pertencentes à chamada narcoliteratura. A primeira La virgen de lossicarios do escritor colombiano Fernando Vallejo publicada em 1994 e a outra do autor mexicano Yuri Herrera, intitulada Trabajos del reino que teve sua primeira publicação no ano de 2004. Buscaremos evidenciar, através das referidas obras, dez anos de representação narco na literatura hispano-americana. Para uma melhor compreensão, abordaremos brevemente a trajetória do narcotráfico, – pelo viés da pós-colonialidade – desde o surgimento de práticas ilegais até a formação e consolidação da narcocultura. A relevância da pesquisa consiste em tratar sobre um tema ainda pouco explorado por pesquisadores brasileiros, ainda que o assunto seja de grande importância para os atuais problemas que nosso país enfrenta em ralação às facções criminosas, problemas estes que se agravam ainda mais na tríplice fronteira do estado de Mato Grosso Do Sul, divisa com Paraguai e Bolívia, sendo a principal rota de entrada das drogas no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Narcoliteratura; Fernando Vallejo; fronteira.

O INTELECTUAL ANTONIO CALLADO: epistemologias outras para além do literário em Quarup
Fernando Abrão Sato NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: A proposta tem por objetivo o estudo crítico-biográfico-fronteiriço do Quarup (1967), de Antônio Callado, evidenciando o esgotamento das epistemes coloniais e modernas que constituem o movimento tensivo do romance. O projeto se respalda nos fundamentos da crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013; 2016; MIGNOLO, 2004; NOLASCO, 2013; 2016) visto que visamos: i) à criação do perfil intelectual de Antonio Callado por meio de suas sensibilidades biolocais (lócus + bios) no limiar entre a vida e a obra estudada; ii) à leitura pós-colonial dos saberes marginais postos no romance; iii) à construção de um pensamento liminar na obra que transcende as fronteiras do literário e do moderno. Os resultados apontarão para a emergência da ressignificação de Quarup, por fora das teorias estetizantes, haja vista sua importância situacional no Golpe Militar de 64 e sua ressignificação política e epistemológica nas fronteiras do presente com o passado.

PALAVRAS-CHAVE: Marginal. Antonio Callado. Pensamento Liminar.

O CORPO BOJUDO DOS “BUGRINHOS” DE CONCEIÇÃO VELAM UMA TRISTEZA INCORRIGÍVEL
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: O ensaio pretende discutir acerca da condição na qual se encontram os povos subalternos na zona de fronteira entre Brasil/Paraguai/Bolívia, tendo como produção cultural para ilustrar a discussão crítica os “Bugrinhos” esculpidos pela artista plástica e indígena Conceição dos Bugres. Para a discussão proposta, alguns conceitos tornam-se imperantes, como o de “corpopolítica” e o de “exterioridade”, por exemplo. Com base na discussão que contempla o primeiro conceito, buscarei contornar os corpos bojudos dos “bugrinhos” esculpidos pela artista, visando pontuar que sensibilidades biográficas e locais neles se desenham que não podem ser compreendidas  nem pela estética moderna e nem muito menos pela teoria moderna. Já o conceito de “exterioridade” servira para justificar que os povos subalternos, bem como produções culturais como a de Conceição, encontram-se na borda do fora do pensamento moderno. Assentada na leitura da crítica biográfica fronteiriça, a discussão proposta visa propor uma conceituação teórica e crítica que amplie a compreensão do lócus fronteiriço em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica biográfica fronteiriça; “Bugres” de Conceição dos Bugres; Subalternidade; Sensibilidades biográficas e locais; Crítica pós-colonial latina


Dia 18 de maio de 2017 – Quinta-Feira – das 09:00hs às 12:00hs
Mesa 02 – NECC E A PESQUISA ACADÊMICA II
Coordenação Prof. Dr. Edgar Cézar Nolasco

HÉLIO SEREJO E SUAS PAISAGENS CULTURAIS
Adrielly Vilela – PPGMEL/CAPES/CNPq; NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ;NECC/UFMS

RESUMO: Neste trabalho propomos a discussão do bios e do lócus na obra do escritor sul-mato-grossense Hélio Serejo. A leitura da obra do escritor fronteiriço será proposta a partir da paisagem do estado de Mato Grosso do Sul. A paisagem crioula na concepção de Serejo, considerando a fronteira, metáfora do crioulismo, que para ele é a mistura de tudo que está presente na cultura do estado: a mistura de línguas e povos da fronteira Brasil-Paraguai. Para fomentar nossa discussão nos valeremos dos pressupostos teóricos da crítica-biográfica de Eneida Maria de Souza e das teorias estudadas por Walter Mignolo no que tange a pós-colonialidade, além da proposição do professor Edgar Cézar Nolasco, a crítica biográfica fronteiriça, uma nova epistemologia que surgiu dos estudos feitos na e a partir da fronteira. Nos valeremos dos conceitos de bios e lócus advindos tanto da crítica biográfica quanto da pós-colonialidade e também, da proposta do professor pesquisador Marcos Bessa-Oliveira sobre paisagem. A paisagem traçada na obra do escritor sul-mato-grossense Hélio Serejo é composta justamente pelas marcas de seu bios suscitados em suas experiências de vida, que ocorreram nessas terras locais e se dá devido às suas vivências, caso contrário tal feito não seria possível. Assim temos o bios do sujeito imbricado em sua produção artística cultural sendo que seu bios se dá a partir de suas vivências experienciadas em seu locus, o espaço geográfico que compreende a fronteira-sul do Brasil, a fronteira entre o estado de Mato Grosso do Sul com os países Paraguai e Bolívia.

PALAVRAS-CHAVE: Hélio Serejo; crítica biográfica fronteiriça; paisagem.

CONVERSAS AO SUL: um olhar outro sobre a transculturalidade na fronteira do MS
José Gomes Pereira – PPGMEL;/NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: A transculturalidade é um elemento primordial para se debater as múltiplas culturas que compõem a fronteira. O presente trabalho procura analisar a transculturalidade no jovem estado de Mato Grosso do Sul, baseando-se no aporte teórico dos estudos pós-coloniais. Assim, há um intento de vislumbrar a realidade do povo local. Gente de fala recorrentemente negada frente aos poderes hegemônicos do centro que, na maioria das vezes, se arrogam no direito de dizer pelos oprimidos povos que compõem a fronteira. A fronteira sul do estado reúne uma diversidade bela, conflitiva e desafiadora dos conceitos hegemônicos advindos da modernidade. Interagir com esta nova área dos estudos é alvitrar com propostas e questionamentos contemporâneos essa peculiaridade. Apesar de existir uma gama variada de culturas, pretendo discutir as especialidades locais à luz de duas categorias que ilustrem tal realidade: a Associação Mães da Fronteira e a produção cultural da artista plástica Conceição dos Bugres. Desta forma, esse olhar outro se faz extremamente relevante e urgente, pois a história precisa ser contada e recontada com a voz que vem da subalternidade fronteiriça.

PALAVRAS CHAVE: Transculturalidade; Epistemologia fronteiriça, Fronteira sul do MS.


CLARICE LISPECTOR: quais mistérios da tradução guardam O mistério do coelho pensante e sua versão?
Mila Guimarães Darós – PPGMEL;/NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: O cuidado em identificar pontos críticos no desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação no campo teórico crítico estimula a procura por novas formas de pesquisa, no caso aqui apresentado, mais especificamente na expansão dos campos que envolvem os estudos literários. Tendo esse aspecto em vista, este trabalho apresenta parte de uma pesquisa maior que visa desenvolver reflexões sobre as relações culturais, biográficas e tradutórias na obra O mistério do coelho pensante, de Clarice Lispector, e sua respectiva versão em língua inglesa: The mystery of the thinking rabbit. Tal versão, ainda não publicada, foi datiloescrita e trás a pressuposta data do ano de 1975 e serve como parte do material utilizado como objeto de desejo/pesquisa em nosso trabalho por conter informações que vão além da fortuna crítica clariciana mais aceita pela maioria. Para tanto, o aporte teórico é interdisciplinar e tem como base a abordagem cultural, tendo em vista as teorias que abrangem a crítica biográfica fronteiriça, principalmente no que concerne às contribuições de Eneida Maria de Souza e Marcos Antonio Bessa-Oliveira. Todavia, este trabalho busca apresentar parte das diferenças e semelhanças tanto quanto em relação à cultura, quanto no que diz respeito à(s) cultura(s) que uma obra textual pode apresentar em seu processo de criação, visando estabelecer um debate teórico-crítico sobre as questões culturais e biográficas na produção voltada ao público infantil da intelectual Clarice Lispector.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica biográfica fronteiriça; Tradução; Literatura Infantil clariciana.

LOBIVAR MATOS: mancha negra bulindo na cidade mais branca do mundo

Washington Batista Leite – PPGMEL/CAPES/CNPq; NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ; NECC/UFMS

RESUMO: O debate sobre a poesia produzida na fronteira e suas práticas artístico-culturais ainda são retiradas de cena no contexto de discursos totalizantes que insistem em não considerar tal produção. Entretanto, com base em uma proposta epistêmica outra e da crítica biográfica fronteiriça, pretendemos trazer uma leitura descolonial outra da poética do intelectual fronteiriço Lobivar Matos. Nesse sentido, propomos ilustrar nossa discussão com suas obras tituladas Areôtorare: poemas boróros (1935) e Sarobá: poemas (1936) escritas na tríplice fronteira (Brasil-Paraguai-Bolívia) ressaltando a contribuição do poeta marginalizado na fronteira e das paisagens transculturadas na sua poética que ilustram os bairros de Corumbá narrados nos livros. Sendo assim, a leitura parte de nosso lócus epistemológico e como a poiesis lobivariana marca uma opção descolonial epistêmica. Para construção de uma discussão teórico-crítica, utilizaremos de um aparato teórico voltados para a perspectiva de contextos epistêmicos descoloniais, como os estudos das sensibilidades biográficas e os estudos pós-coloniais.

PALAVRAS-CHAVE: Lobivar Matos; descolonial epistêmica; crítica biográfica fronteiriça.
Dia 19 de maio de 2017 – Sexta-Feira – das 09:00hs às 12:00hs
Mesa 03– NECC E A PESQUISA ACADÊMICA III
Coordenação Prof. Edgar Cézar Nolasco

O HOMEM ENVELOPADO: metáforas do arquivo
Francine Carla de Salles Cunha Rojas (CPTL/NECC/UFMS)

RESUMO: Ao longo de sua vida o escritor mineiro Fernando Sabino foi o responsável por realizar um conjunto de ações especificas e caracterizadas, principalmente, por se dirigirem a amigos já falecidos como Mário de Andrade (1945), Otto Lara Resende (1992), Paulo Mendes Campos (1991), Hélio Pellegrino (1988) e Clarice Lispector (1977). Ao tomar para si o encargo de organizar e publicar as cartas trocadas com os amigos e que dizem respeito aos volumes Cartas perto do coração (cuja primeira edição data de 2001), Cartas na mesa (2002), Cartas a um jovem escritor e suas respostas (2003), Sabino assume para si o papel de arconte e, regido pelo princípio de reunião, entrelaça os tecidos da vida e do tempo “envelopando” e "encadernando" a si e aos seus amigos. Dessa forma, a presente explanação se deterá na formação das metáforas “homem envelopado” e "homem encadernado" (Fernando Sabino) nascida a partir do procedimento (des)arquivador de Sabino em relação às cartas. Para tanto, através de uma metodologia bibliográfica, se valerá das considerações de Jacques Derrida em Mal de arquivo: uma impressão Freudiana (2001), Maria Helena Werneck em O homem encadernado (1992) e Eneida Maria de Souza em Janelas indiscretas: ensaios de crítica biográfica (2011) e com o texto “Teorizar é metaforizar” (O lugar da Teoria Literária). Os apontamentos críticos elencados auxiliarão no sentido de entender que a concepção de metáforas nasce da consciência de que o arquivo é tanto uma metáfora da memória quanto produtor de outras metáforas que o compõem.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica; Arquivo; Reunião; Amizade; Fernando Sabino.

A VIDA ÍNTIMA DAS FRANGAS: diálogo entre Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector
Milena Nolasco Marques Silva – PIBIC/CNPq;NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ;NECC/UFMS

RESUMO: As pesquisas que abordam a produção literária de Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector dão pouca atenção a produção infantil dos escritores. Nesse seguimento, o nosso objetivo é constituir uma relação de amizade entre Caio e Clarice Lispector mediado pelas respectivas obras infantis As Frangas (2001) e A vida Íntima de Laura (1999), considerando a admiração e afeto de Caio por Clarice; as memórias que ambos retratam, principalmente da infância, o que demonstra a forte ligação e semelhança entre vidas e obras, assim como nas produções críticas e biográficas sobre os autores; além das paisagens transculturais que transpassam o projeto intelectual de Caio e Clarice. Por fim, as relações estabelecidas vão além da metáfora familiar, visto que as memórias presentes nos arquivos literários e biográficos dos escritores, bem como textos documentais e cartas biográficas, aproximam vida e obra de Caio e Clarice por meio de empréstimos ficcionais entre duas literaturas.

PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector; Caio Fernando Abreu; crítica biográfica.




SILVIANO SANTIAGO: mil rosas (auto)biográficas
Pedro Henrique Alves de Medeiros – PIBIC/CNPq;NECC/UFMS
Edgar Cézar Nolasco – PACC/UFRJ;NECC/UFMS
RESUMO: Este trabalho propõe o estudo da autoficção/autobiografia sob o viés da crítica biográfica fronteiriça na ficção romanesca de Silviano Santiago, sobretudo, na obra Mil rosas roubadas (2014). Sendo assim, a relevância da pesquisa reside no fato de que pouco se estuda a vida/obra do escritor mineiro na academia brasileira, o que se comprova por não existir uma biografia do autor. Em vista disso, pretende-se trabalhar a perspectiva ficcional de Santiago aquilatada na formação de seu perfil intelectual biográfico além das questões pertinentes à memória e à amizade que é tanto da ordem do distanciamento, quanto da proximidade. Para isso, nos utilizaremos do recorte epistemológico engendrado pela crítica biográfica fronteiriça à luz de Edgar Cézar Nolasco em Perto do coração selbaje da crítica fronteriza(2014) e “Crítica biográfica fronteiriça” (2016), de Eneida Maria de Souza em Janelas indiscretas (2011), de Walter Mignolo na obra Histórias locais/projetos globais (2003), de Francisco Ortega em Para uma política da amizade (2000) e Jacques Derrida em Políticas da amizade (2003).

PALAVRAS-CHAVE: Autoficção; romance; crítica biográfica fronteiriça.

IV Encontro do NECC na UFMS – MAIO DE 2017
I COLÓQUIO do Núcleo de Artes Visuais em (re) Verificações Epistemológicas - Curso de Artes Cênicas/ UEMS

NAV(r)E – Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas
UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UUCG
Coord. Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira

RESUMO DA PROPOSTA DOS TRABALHOS DO NAV(r)E: As propostas dos trabalhos que serão discutidas nas três sessões do Grupo de Pesquisa NAV(r)E – Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas – submetidas ao IV Colóquio do NECC (2017) têm como foco primeiro evidenciar parte das pesquisas em Artes que estão sendo desenvolvidas na UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UUCG – onde o Grupo certificado pelo CNPq está cadastrado e aprovado. Todas as pesquisas estão sendo desenvolvidas sob a orientação do líder do grupo nos cursos de Graduação em Artes Cênicas e/ou no PROFEDUC, professor doutor Marcos Antônio Bessa-Oliveira a partir de uma episteme teórico-crítica cultural, e que, de uma forma ou de outra, são pesquisas que partem do pressuposto de (re)verificação da situação de investigação teórico-crítica em que se encontra cada um dos objetos dos trabalhos. As pesquisas têm como segundo foco de importância o fato de que todas estão diretamente ligadas às disciplinas ministradas pelo orientador das pesquisas na graduação em Artes Cênicas na UEMS, sendo elas “História (e Teoria) da Arte” e “Artes Visuais” no 1º ano, “Itinerários Científicos III” e “Arte Educação” no 3º ano e “Itinerários Científicos IV” e “Arte e Cultura Regional” no 4º ano, onde também estão vinculados quase todos os pesquisadores coautores destas, o que, de forma complementar, possibilita o constante debate em torno dos te mas que aqui serão tratados. Nesse sentido, as diferentes pesquisas que aqui serão apresentadas – sobre teatro, dança, ensino e a história das artes e ainda a identidade e cultura indígenas e/ou as suas produções artísticas de diferentes aldeias e etnias locais, sempre tendo como ponto de partida para as reflexões o lócus enunciativo geo-histórico cultural sul-mato-grossense, mas sem querer restringir as pesquisas ao local exclusivo do estado de Mato Grosso do Sul –, tomam desde os Estudos Culturais até os Estudos Subalternos ou Pós-coloniais como epistemologias investigativas para (re)verificação. Do mesmo jeito a intenção de (re)verificação que está grafada desde o título do Núcleo não tem nenhuma relação com ideias de reverificar por necessidades de continuísmos, inclusões e/ou rupturas com histórias alheias. Portanto, no Grupo tem-se como ponto principal as discussões entre a relação Arte X Ciência a fim de promover a (re)verificação da produção artística como produtora de conhecimento, bem como propor que as culturas marginalizadas pelos discursos hegemônicos (europeus ou norte-americanos – moderno ou pós-moderno) como produtoras de arte sem uma visada dualista.

Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Professor do Curso de Artes Cênicas/UEMS


Dia 24 de maio de 2017 – Quarta-Feira – das 14:00hs às 17:00hs

Mesa 01 – Artes Cênicas e Ensino de Artes
Coordenação Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira


DOS SALÕES CLÁSSICOS ÀS RUAS DAS CIDADES: uma leitura que dança nas escolas
Gnda Marina Maura de Oliveira Noronha – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: o presente trabalho tem como função registrar atividades desenvolvidas nesse primeiro período da pesquisa “ENTRE GINGAS E GINGADOS: o corpo e a bovinocultura em cena na arte educação” no âmbito do PIBIC – Programa de Iniciação Cientifica da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 2016/2017. O estudo vem se desenvolvendo a partir do objeto desta pesquisa, o espetáculo “Cultura Bovina?” do Grupo Ginga Cia de Dança de Mato Grosso do Sul, que tem por finalidade (re)verificar a dança e suas diversidades tradicionais e contemporâneas nos corpos dançantes no ensino de artes na escola. Por conseguinte, a pesquisa se desenvolve atravessada pelos discursos da bovinocultura e desses corpos como conceitos de artefatos culturais locais “lidos” a partir de teóricos que buscam a “representação” da pluralidade desses corpos pensados pedagogicamente na dança das produções artísticas estabelecidas no estado. Com base nessas questões, o objetivo maior é romper com as fronteiras que se estabelecem na arte e na educação.

PALAVRAS-CHAVE
:Artes Cênicas; Danças; Ensino de Artes.


AS INFLUÊNCIAS DAS DANÇAS URBANAS DENTRO DAS SALAS DE AULA NA CONTEMPORANEIDADE.
Gndo – Ademir Izidio da Silva Junior – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo compreender como se dá a relação das danças da contemporaneidade/danças urbanas dentro das salas de aula. A necessidade de falar sobre este assunto surgiu a partir da minha experiência de Estágio Supervisionado e algumas inquietações pessoais sobre a questão das danças urbanas na sala de aula, pois, essas danças estão intrinsicamente ligadas nas culturas desses alunos. Ao saber que teriam aulas de dança automaticamente associam essas aulas a danças como: Axé, Funk, Hip Hop, Sertanejo e até mesmo o balé. Sabendo que as nossas aulas de Dança não seriam o que os alunos esperavam, me veio esta indagação sobre o porquê não trabalhar esses tipos de dança dentro das salas de aula, já que isso é tão presente no cotidiano de cada um e, por fim; levando em consideração se não devemos descartar aquilo que o aluno tem de conhecimento histórico e sociocultural a respeito da dança? Busco com esta pesquisa encontrar uma relação entre as danças da contemporaneidade e a dança educativa e fazer com que essas danças que estão completamente ligadas à cultura desses alunos sejam algo que proporcione conhecimento crítico, reflexivo e social para esses sujeitos.

PALAVRAS-CHAVE: Relações; dança na educação; danças da contemporaneidade.


ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DOS ALUNOS A PARTIR DE UMA ARTE EDUCAÇÃO DO SER, SENTIR E SABER
Gnda Gilza Adriana Corona – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: Esta pesquisa pretende investigar as variações comportamentais dos alunos da Escola Estadual Antônio Delfino Pereira, na disciplina de Arte, observados durante o período de Estágio Supervisionado obrigatório do curso de Artes Cênicas e Dança da UEMS no primeiro semestre de 2016. Sendo esta pesquisa de caráter bibliográfico, pretende-se relacionar o pensamento de autores como Viola Spolin, Marcos Antônio Bessa-Oliveira, como também o ensaio “Estudos Culturais: uma introdução”, publicado no livroAlienígenas na sala de aula(1995), o PPP da escola e os conteúdos propostos na disciplina de Arte na rede pública de ensino, buscando fazer relações entre a realidade posta nas escolas, as leituras e também com a prática vivenciada no período do estágio. Visto que, neste último, observa-se que o comportamento dos alunos interfere diretamente no trabalho realizado pelos professores, influenciando nos resultados que pretendem alcançar, bem como as atitudes dos professores podem modificar o comportamento dos alunos que participam ou não das aulas. Nosso objetivo maior com a pesquisa é, nesse sentido, proporcionar um melhor aprendizado aos alunos e, por conseguinte, ofertar ao professor melhores possibilidades no planejamento das suas aulas.

PALAVRAS-CHAVE:
Comportamento; Alunos; Professores; Conteúdos de Arte.


PSICANÁLISE NO ENSINO DE ARTE
: minha experiência do Estágio Supervisionado
Gda Natali Allas dos Santos – NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: A presente pesquisa foi elaborada a partir da experiência do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório realizado por mim nos anos de 2015 e 2016. Questões subjetivas, comportamentais e afetivas que se fizeram presentes durante o estágio despertaram meu interesse para o desenvolvimento de uma pesquisa voltada para o encontro entre professor e aluno no que diz respeito às suas relações, afetações e desejos. A Psicanálise possui grande relevância nesta pesquisa bibliográfica que pretende estabelecer um diálogo entre a Psicanálise e o ensino de Arte na escola. Valho-me em certa medida de alguns conceitos psicanalíticos como “estrutura psíquica”, “inconsciente”, “desejo” e “processo de transferência” com o intuito de entender melhor as relações entre professor e aluno no ensino de Arte. Os conhecimentos aqui explanados instigam o professor a repensar sua prática docente, meditar sobre suas vontades, rever suas escolhas e pensar em novos caminhos com responsabilidade e maturidade profissional e afetiva. Longe de encontrar respostas para os desafios enfrentados pelo professor no ensino de Arte, a presente pesquisa intenta explorar a teoria psicanalítica para compreender o fazer docente no contato com o aluno. Trata-se, na verdade, de pensar o ensino de Arte para além das convenções metodológicas (im)postas, seja pela Educação, seja pela Arte-Educação: pois o que está em foco é a comunicação entre Psicanálise, ensino de Arte, professor e aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Arte; Psicanálise; Formação Docente.


A IMAGEM DOS POVOS INDÍGENAS NOS LIVROS DIDÁTICOS
Msda Maila Indiara do Nascimento – PROFEDUC/UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO
: O Projeto de Pesquisa tem como objetivo problematizar como os livros didáticos transmitem a imagem dos povos indígenas. Serão feitas análises de três livros didáticos da disciplina de Arte,utilizados na Rede Estadual do Mato Grosso do Sul, nas três modalidades de ensino regular. Neste caminho investigativo, sob a ótica dos estudos pós-coloniais, analisamos qual é a influência dos livros didáticos a partir da “imagem” em relação aos povos indígenas, sendo que a escola tem poder de implantar conceitos na sociedade. A partir disso, são formados conceitos errôneos em torno da imagem do índio. Portanto, como é a imagem dos povos indígenas transmitidas pelos livros didáticos? Ancorado na nova legislação 11.645/2008, o professor tem a chance de aprender a lidar com o diverso de maneira ampla presente no contexto escolar. No entanto, já percebemos que é criada e transmitida uma imagem dos povos indígenas a partir de discursos eurocêntricos que continuam presentes em toda sociedade e quando nos referimos aos povos indígenas e sua imagem nos livros didáticos, isso não se difere. Nesse sentido, entendemos que ajudar a compreender a perspectiva da cultura sul-mato-grossense a partir da imagem do indígena centrada no discurso europeu, condena toda a cultura latino-americana. Fazendo uma revisão bibliográfica e documental, pretendemos discorrer, a partir da perspectiva pós-colonial/subalterna, sobre a imagem do índio (campesino) na cultura brasileira (sul-mato-grossense) tendo autores que discorrem a partir dessa perspectiva epistemológica: Spvak, Mignolo, Quijano, Castro-Gomes, Grosfoguel, Freire, Candau, Hall, Nolasco, Bessa-Oliveira etc. A ideia é concretizar a noção de que toda “imagem” que vemos (sobre o indígena) nos livros didáticos está ancorada em uma perspectiva colonial dos sujeitos latino-americanos.

PALAVRAS-CHAVE: Povos indígenas, livro didático, pós-colonialidade.



Dia 25 de maio de 2017 – Quinta-Feira – das 14:00hs às 17:00hs

Mesa 02 – Artes em Cena na Contemporaneidade
Coordenação Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira
  
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA HISTÓRA DA ARTE NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA DE MATO GROSSO DO SUL
Gnda Jeannny Maria Boldoni Borges – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: O estado de Mato Grosso do Sul é reconhecido no Brasil pela biodiversidade, agricultura e pecuária. No entanto sua vasta produção artística não se limita a essas questões geográficas e econômicas. Como participante de uma região periférica, apesar de se situar bem próximo dos grandes centros culturais reconhecidos (Sudeste brasileiro), a produção artística de MS tem carência de estudos que se aproximem de sua realidade cultural, mas que vislumbrem sua produção como integrante de um cenário maior. Constam mais de 8000 obras no acervo do MIS – Museu da Imagem e Som de MS – e acontecem contínuas exposições e espetáculos no Centro Cultural José Octávio Guizzo e em outros espaços expositivos, ambos localizados na capital Campo Grande retratando o estado em suas variadas peculiaridades e cores, porém sem deixar de apresentar características de diversos tipos de movimentos artísticos ainda que sejam composições da contemporaneidade. O objetivo desta pesquisa é analisar como a História da Arte e o artista Sul-mato-grossense se cruzam nas obras e porque, apesar de parecerem elementos distantes, essa relação entre passado e presente influencia e participa da construção da produção artística do estado. O estudo se desenvolverá a partir de um levantamento de dados e estudos bibliográficos.

PALAVRAS-CHAVE: História da Arte; Mato Grosso do Sul, Arte Contemporânea.


FRIDA KAHLO: ao alcance dos nossos olhos e para além deles na contemporaneidade
Gndo Juliano Ribeiro de Faria – NAV(r)E/UEMS
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – NAV(r)E/UEMS

RESUMO: Este trabalho primeiramente quer investigar como a artista Frida kahlo rompeu com o modo de fazer arte que vinha desde o Renascimento e com seu próprio período Moderno e ela acabou se configurando na História da Arte mundial. No entanto, após essa investigação nossos olhos se voltam para o espectro de Frida kahlo na contemporaneidade no intuito de analisar as “impressões” que são transmitidas através dos corpos dançantes no espetáculo Dance &Concept\coreografia Kahlo. Para tanto, tomamos como base investigativa a perspectiva teórico-crítica de Jacques Derrida, especialmente no livro Mal de arquivo (2001), que faze ressaltar a persona da artista Frida Kahlo sobreviver na contemporaneidade e pulsar para além-morte. Com este estudo, portanto, objetiva-se entender como a pulsão de morte, percebida através dos corpos que dançam na contemporaneidade, das personalidades marcadamente importantes da cultura mundial, ainda contaminam as produções artísticas quase de modo geral e contribuem como corpus poéticos, quase estéticos, com suas peculiaridades identitárias.

PALAVRAS-CHAVE
: Frida Kahlo; espectro; sobrevida.

O KOHIXOTI-KIPÁE COMO MANIFESTAÇÃO CULTURAL DA IDENTIDADE TERENA
Gnda Sara de Melo Spinassé – UEMS/CNPq/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: A formação da identidade cultural do Mato Grosso do Sul perpassa, apesar de estar situada na periferia da produção artística brasileira, pelas produções artísticas das distintas etnias indígenas, por exemplo, existentes no estado. Entende-se, neste estudo, que as manifestações artísticas indígenas são geradoras de conhecimentos para a produção da arte local. Diante disto, elegemos como unidade de análise a etnia Terena, por possuir maior representatividade acadêmica na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), porque a entendemos como um grupo social que compõe e representa a “identidade cultural local na contemporaneidade” e porque os Terenas são originários do estado do Mato Grosso do Sul. Este projeto de pesquisa possui o objetivo de desenvolver um estudo dos elementos da cultura da etnia Terena, especificamente, das pinturas corporais e das danças, entendendo-as como arte formadora do processo identitário cultural do estado do Mato Grosso do Sul. Para tanto, se faz necessário à observação das produções artísticas da etnia, bem como realizar entrevistas com os indígenas da comunidade, no intuito de estabelecer um panorama cultural da etnia Terena dentro do contexto cultural local. Pretende-se com esta pesquisa gerar maior visibilidade das produções artísticas das etnias indígenas, proporcionando, assim, uma mudança de entendimento daquelas práticas como simples artesanatos para uma manifestação artística formadora da identidade cultural dos indivíduos sul-mato-grossenses. Para o desenvolvimento deste projeto faremos uso de bibliografias diversas – antropologia da arte, teoria da arte, estudos culturais entre outras – a fim de melhor embasar nossas discussões.

PALAVRAS-CHAVE
: Cultura Local; Arte Terena; Dança.


UM BREVE OLHAR SOBRE O ATUAL CENÁRIO DAS PRODUÇÕES TEATRAIS CAMPO-GRANDENSE
Gndo Robson Rodrigo Marques Júnior– IC-CNPq/UEMS – NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira– NAV(r) E/UEMS – Orientador

RESUMO: Após alguns meses de pesquisa acadêmica notamos alguns fatores/obstáculos que os grupos teatrais sul mato-grossenses enfrentam para se efetivar junto ao Setor Público o fomento ao teatro na cidade de Campo Grande-MS. O presente artigo relata as primeiras características notadas sobre o atual cenário cultural local, mais específico do teatro, na cidade. Como postulamos no corpo do projeto vinculado à IC-CNPq/UEMS (Projeto esse que dá origem ao presente artigo) intitulado “O TEATRO PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS DA CENA: investigando os “palcos” de MS” se a pesquisa acadêmica do campo das artes tem na atualidade um papel a cumprir é o de fazer conhecer as produções e práticas artísticas que não estão em evidência nas culturas onde estão inscritas. Portanto, o artigo em questão não trata sobre grupos ou práticas artísticas específicas, mas sim de problemas institucionais que corroboram para “não-inscrição” de tais grupos e/ou práticas artísticas no contexto cultural atual. Vale ressaltar que, independente do apoio do poder publico, os agentes/trabalhadores da cultura, em âmbito teatral, mesmo que com poucos recursos, trabalham para que o fomento teatral seja efetivado. Pois, bem sabemos que se houvesse de fato um apoio efetivo a esse fomento, o acesso ao teatro, seja como expectador ou como produtor, se tornaria muito mais amplo e democrático.

PALAVRAS-CHAVE
: Teatro em Mato Grosso do Sul; Produção Teatral; Fomento Cultural.


Dia 26 de maio de 2017 – Sexta-Feira – das 14:00hs às 17:00hs

Mesa 03 – A cena artístico-crítico-cultural sul-mato-grossense
Coordenação Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira


CORPOS-SELFIE: antropofagia virtual e subalternidade
Gndo Leonardo Reinaltt Simão – IC-CNPq/UEMS – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira - UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: Entender o pensamento filosófico histórico que define o entendimento moderno acerca do corpo é compreender a fisiologia do poder que se perpetua no mundo contemporâneo cada vez mais complexo. Os corpos que sempre foram subalternos em relação à razão ao nosso modelo de mundo eurocefálico continuam sendo na era das redes sociais. A cisão (cartesiana) entre corpo e razão se refaz em um novo mito: o eu real e o eu virtual, com fronteiras nitidamente mais líquidas e com consequências de atravessamentos mais incorporadas que nunca. Assim, a internet que tem a potência de libertar através da emancipação de plurais, onde a comunicação epistêmica impõe uma razão do corpo singular, tem servido aos sistemas de poder como novo rito de canibalismo. A carne dessa pluralidade subalterna corpus-selfieé/são imagens colocadas como hóstia em redes como Facebook, Instagram etc. Pensar nos corpos de povos tradicionais expostos a esse fenômeno de exposição do eu virtual, em “posto, logo existo!”, exige sensibilidade e uma noção da incorporação do tabu, isto é, a produção de um tabu totêmico: quer seja o corpo indígena quer sejam os dos artistas que produzem arte-mais-que-periférica como mito primário a ser catequizado. Esse corpo, desde que se dá sua virtualização é viralizado, servido como iguaria para a supressão biopolítica às telas digestivas que alimentam o poder. Nesse sentido, o índio (ou o negro) não viralizam como o branco, a arte mais-que-periférica não é “curtida” como a arte paramentada branca. A existência atravessada pela necessidade patológica de tornar-se visualizável atua, conforme diz Christine Greiner, como agente de invisibilidade dada a sua extrema exposição. Torna-se, portanto, mais facilmente silenciado o sujeito cuja representação surge com o efeito dessa antropofagia virtual enquanto fenômeno último de um discurso determinado que constrói “uma política de produção de si e do mundo marcada por um processo contínuo de territorialização, resultante da composição dos outros devorados e de suas marcas no corpo”.

PALAVRAS-CHAVE:
Corpo-política; Descolonialidade; Redes sociais.


DANÇA E TEATRO NA ARTE-EDUCAÇÃO: linguagens que se retroalimentam criando possibilidades na construção do corpo cênico
Gndo Rafaela de Oliveira Cardoso - UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira - UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: EsteProjeto de Pesquisa tem por objetivo investigar possibilidades de ensino de duas linguagens artísticas (Teatro e Dança), na educação formal, por meio de uma abordagem onde ambas se retroalimentam, possibilitando a construção do corpo cênico (corpo extracotidiano) em sala de aula. Essas linguagens têm suas especificidades, e o que proponho investigar aqui são em quais aspectos elas se aproximam, confluindo em práticas semelhantes; posto que o entendimento de que a dança e o teatro se contaminam e se relacionam de forma complementar vem se consolidando na contemporaneidade. Como mediar às relações que se constroem, entre as linguagens retroalimentadas e os alunos, nas atividades propostas em sala de aula, observando as potencialidades de cada aluno de forma que ambas as linguagens possibilitem a construção do corpo cênico? Esta pesquisa está carregada de possibilidades para pensar as relações dicotômicas entre teatro e dança, para então descobrirmos os lugares de aproximações entre elas. As contribuições dessas relações são fundamentais quando falamos do lugar de nossa formação acadêmica, Artes Cênicas e Dança – Licenciatura, visto que a educação formal ainda não dispõe de aulas de teatro e dança em seus referenciais, sendo ministradas separadamente.

PALAVRAS-CHAVE:
Educação; Dança/Teatro; Corpo cênico.

TEATRAL GRUPO DE RISCO: linguagem poética e ação sociocultural no Mato Grosso do Sul
Gnda NatháliaTomassini dos Santos Borioli – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: O presente projeto tem como objetivo investigar e analisar o método de pesquisa artística, trabalho e montagem do Coletivo Teatral Grupo de Risco (TGR), bem como a construção da sua linguagem poética, a fim de levantar uma reflexão teórico crítica sobre o modo de produção cultural deste Grupo. O TGR com 28 anos de atuação no MS tem trazido em seu trabalho temas regionais, políticos e socioculturais, o que tem demonstrado um vasto campo de pesquisa e conhecimento artístico cultural. Portanto, pretendemos evidenciar sua contribuição artística e histórica na formação da identidade cultural do estado. Esta investigação será feita por meio de entrevistas, questionários, consulta de documentos e analise do conteúdo levantado, portanto uma pesquisa exploratória e de levantamento. Tendo como base teórica autores (Bessa-Oliveira) (Nolasco) que estão (Re)Verificando a cultura local de Mato Grosso do Sul por um prisma crítico-cultural, nossa pesquisa quer situar a atuação do TGR na cultura.

PALAVRAS-CHAVE:
Teatral Grupo de Risco, poética, identidade cultural, Mato Grosso do Sul.

ARTE E CULTURA LOCAIS: a plástica biográfica de Conceição dos Bugres
Gda Joelma Pereira de Souza – UEMS/NAV(r)E
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO: O presente projeto tem por objetivo discutir como as características/fragmentos da cultura local alteram a produção artística. A pesquisa surgiu da inquietação dos estudos das Disciplinas de “Artes Visuais” e “Arte e Cultura Regional”, do curso de licenciatura em Artes Cênicas e Dança da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UUCG - nas quais onde objetiva-se conhecer e compreender a plástica como linguagem para praticar técnicas relacionadas às artes cênicas, e como essas linguagens artísticas estão relacionadas à cultura. Logo, o estudo abordará uma pesquisa bibliográfica, crítico-biográfica, da artista escultora Conceição dos Bugres, fundamentada em textos de Bessa-Oliveira, Nolasco, entre outros, para investigar a relação obra-vida ou a vida como obra artística. Por conseguinte, a pesquisa evidenciará como se deu a relação cultural local com a produção artística da escultora, bem como, investigando a relação entre as diferentes linguagens da arte com a cultura, a pesquisa estará evidenciando a produção artística local de Mato Grosso do Sul de uma perspectiva contemporânea. Por fim, objetiva-se com o trabalho investigativo oferecer aos artistas (plásticos, atores, dançarinos), acadêmicos, professores, pesquisadores da arte local uma reflexão teórico-crítico-cultural do processo criativo nas linguagens artísticas.

PALAVRAS-CHAVE: Artes Cênicas; Linguagens Artísticas; Conceição dos Bugres.





QUATRO DÉCADAS DE ARTE EM MATO GROSSO DO SUL: balanços e desafios futuros
Prof. Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira – UEMS/NAV(r)E/NECC

RESUMO:
A produção artística de Mato Grosso do Sul com seus 40 anos de divisão de MT – plástica, audiovisual, cênica, musical – esteve nos últimos anos vinculada a duas noções de arte e cultura bovinas: uma, a bovinocultura como mote das produções artísticas; a segunda, o bovinoculturismo como modelos para as produções artísticas. Ambas as “culturas bovinas” – bovinocultura e bovinoculturismo – esboçam várias opções de discussões acerca das questões as quais estão envoltas. Uma delas, em relação à bovinocultura, é que esta noção está relacionada com trabalhos artísticos que se valem do boi como característica cultural intrínseca às biogeografias fronteiriças dos sul-mato-grossenses. Já em relação ao bovinoculturismo, podemos dizer que uma de suas noções na cultura está posta por uma sistematização de controle dos sujeitos dessas biogeografias das produções artísticas locais nessa mesma fronteira sul. Portanto, tomando essas primeiras ideias, este trabalho quer discutir acerca da “cultura do boi” como repositório cultural e como controle da cultura local sul-mato-grossense nessa tríplice fronteira (Brasil/Paraguai/Bolívia) a partir da noção de biogeografia como episteme para uma arte descolonial. Nesse sentido, a ideia é discutir trabalhos artísticos e as biogeografias dessa fronteira sul, nas diferentes linguagens com suas identidades, que estão produzindo arte e conhecimento e circulando entre os espaços, tomando como ilustração a “imagem” – simbólica ou real – do boi, para produção ou inscrição.

PALAVRAS-CHAVE: Arte Contemporânea; Mato Grosso do Sul; Memória; Arquivo; Biogeografias